sábado, 8 de janeiro de 2011

Famílias

Art, como eu, não estava com nenhuma vontade de se levantar. Seu abraço dizia tudo, assim como o seu corpo. Assim ficamos boa parte do dia trocando carinhos e carícias em meu quarto. Afinal, era sábado e o ano letivo havia terminado. Não tínhamos nada mais aprazível para fazer e nenhum motivo para sair do cômodo.


Depois de passarmos as horas finais da manhã e o início da tarde na cama, resolvemos tomar um banho e comer alguma coisa, pois estávamos famintos. Nem sei dizer se a ideia de entrarmos juntos debaixo do chuveiro foi boa. Esquecemo-nos completamente da fome e quando terminamos, a tarde já estava alta.


Eu cortei algumas frutas e misturei com iogurte natural. A intenção era enganar a fome, para eu preparar uma refeição mais nutritiva e suculenta depois. Entretanto, mal conseguíamos parar de nos tocar, comemos o suficiente de frutas para nos saciarmos ligeiramente e voltamos para o meu quarto...


No dia seguinte acordamos cedo, nosso idílio não havia terminado, porém tínhamos marcado um almoço com os pais do Arthur. Apressamo-nos a levantar, logo ao acordar, para não cairmos na tentação de voltar para a cama. Eu estava apreensiva com esta visita, embora conhecesse toda a sua família, eu seria apresentada como namorada, desta vez. Nunca me deparei com uma situação semelhante e não imaginava como agir.


A casa dos seus pais tem uma aparência agradável, tijolos e telhas azuis, com belos vitrais nas janelas, pintados por sua mãe. No jardim há um pequeno lago artificial, muitas flores coloridas, um grande pinheiro e árvores exóticas. Seu pai cuidava do pequeno pomar florido ladeando a porta de entrada. Ele usava uma calça e blusa formais e descobri o porquê do Art usar sapatos sociais para passear no parque, algo que finalmente eu e a Júlia conseguimos mudar.


O Sr. Eduardo largou tudo ao nos ver, fiquei admirada com o seu sorriso franco e ao me cumprimentar com um beijo estalado no meu rosto. Eu não havia feito nada para merecer tanta deferência dele. Muito pelo contrário, não me deixaram pagar pela nova decoração do meu quarto e nem ao menos os novos móveis, eu ainda estou em dívida com ele!


Encontramos a mãe do Art dentro de casa, colocando um prato de salada no refrigerador e tinha uma torta de nectarinas recém-saída do forno, sobre o balcão. Fiquei impressionada com sua aparência irrepreensível, mesmo após o trabalho árduo na cozinha.


Anaïs me recebeu com imensa satisfação no olhar. Tratou-me por filha e elogiou minha aparência, para ela, eu estava muito melhor e revigorada. Eu não ia contar para a mãe do meu namorado, sobre as horas de amor vivenciadas nos últimos dias, terem feito milagres por todo o meu ser... Entretanto a sagacidade em seu olhar revelava: ela sabia o motivo.


Fez questão de me mostrar toda a casa, com uma decoração suave e delicada, explicando não ter sido projetada por seu marido, pois desejavam uma casa típica da região. Meu anjo nos acompanhou inquieto por todo o percurso. Quando chegamos ao segundo andar, eu percebi um violino num canto, no cômodo que eles nomearam de “sala de música”. Fiquei curiosa para saber quem tocava aquele instrumento.


Ao interpelar a Anaïs sobre o violino, ela se animou e disse ter certeza do seu filho não ter contado nada por me achar a melhor. Eu não estava entendendo o seu desvio para dizer o nome da pessoa, quando finalmente falou: “É o instrumento favorito do Arthur, toca desde os doze anos, mas nunca conseguiu atingir o primor do qual tanto fala. Ele é muito bom, porém se acha um intérprete inferior.”


Acenei para o meu anjo estupefata! Não consegui colocar em palavras os meus sentimentos conturbados por não me contar absolutamente nada sobre isso. Posso entender suas motivações, afinal o meu namorado é um tanto reservado quanto às suas fraquezas. Naquele momento, fiquei aborrecida por me esconder isso. Contudo, eu não me abati com a sua falta, justamente por ele não interferir na revelação feita por sua mãe.


Resolvi ceder a minha curiosidade e me uni a Anaïs pedindo para o Arthur tocar. Embora eu desejasse discutir com ele por manter em segredo algo tão importante para mim. Não fiz nada por não ser a hora, nem o lugar adequado. Ele aceitou o nosso pedido, e tinha ciência, mais tarde eu iria cobrar por sua falta. Quando pegou o instrumento, eu já tinha certeza do tipo de música que tocaria e como sairia seu som.


Ele realmente empunha o violino muito bem, tem uma técnica apurada, se dedicasse mais tempo a prática seria um ótimo intérprete. Não entendi o porquê de deixar seu instrumento na casa dos pais, onde só pode tocar uma vez por semana. Não compreendia suas motivações e ao mesmo tempo fiquei ainda mais irritada com ele por estar naquela situação, sem poder questioná-lo.


Art executou primorosamente a Ária da 4ª Corda, uma adaptação de August Wilhelmj da Suíte Orquestral N.º 3 de Bach. Eu e sua mãe nos emocionamos com sua interpretação. O seu som me fez relaxar e aos poucos o perdoei, todavia ainda tinha muitas dúvidas a serem sanadas e a irritação inicial não havia cessado. Não conseguia compreender suas motivações para me esconder seu talento. Minha mente ainda estava agitada quando ele colocou o violino no suporte.


Meu anjo parecia embaraçado com a nossa atenção e elogios. Perspicaz, sua mãe se voltou para mim e comentou o quanto gostaria de me ouvir tocar. Eu me ofereci para executar uma de minhas composições após o almoço e convidei toda a família para minha apresentação na sexta, seria no anfiteatro da Universidade e eu tinha direito a duas mesas da ala oeste. Ela aceitou por todos e fiquei realmente admirada com tanta atenção para com a minha pessoa.


Continuamos a nossa visitação, Anaïs nos levou ao escritório do Sr. Eduardo e ao ateliê onde faz seus trabalhos manuais. Em sua bancada de arranjos florais havia um novo, com flores vermelhas e perfumadas, parecidas com as do quarto do seu filho. Ela fazia de seu hobby um negócio rentável. Fiquei admirada com a sua criatividade, em cada cômodo havia um arranjo ainda mais belo e perfeito.


Eu elogiei seu lindo trabalho, estava impressionada com a sua capacidade criativa. Compreendi ainda mais o motivo da minha mãe admirá-la tanto. Era não só uma mulher bonita, simpática e agradável, mas também uma verdadeira artista. Tinha um dom para composições e trabalhos manuais.


Descemos pelas escadas da varanda e nos fundos da casa estava a pequena Abigail sorrindo para nós de dentro da piscina. Provavelmente passou a manhã se divertindo na água salinizada. A modernidade do estilo de tratamento era devida as diversas alergias da menina, o mesmo motivo os levaram a manter a piscina em área coberta.


Ela subiu as escadas correndo e abraçou o Art, se enxugando nele e se divertindo bastante. A pequena veio me beijar de longe, para não me molhar. Assustei-me pela sua consideração por mim! Nunca compreendi muito bem esta dinâmica entre irmãos, onde mesmo a mais educada das crianças, implicam de tal forma entre si.


Anaïs pediu a filha para se aprontar para o almoço e nós entramos na sala. O Sr. Eduardo e a Júlia estavam sentados no sofá conversando. Para minha surpresa, ela estava usando um penteado mais despojado e uma maquiagem muito suave, aparentando mais com uma menina do que com a jovem madura a qual eu estava acostumada. Ela sorriu para mim e se levantou rapidamente para me abraçar.


Ficamos conversando por um tempo, até eu ouvir um miado baixinho. Vinha da Abigail, a pequena voltou do banho carregando uma mini bola de pelos dourados. As duas me apresentaram a Mimie, um filhote encontrado há duas semanas atrás. Elas estavam felizes em ter um novo animalzinho, tinham perdido um velho cão antes de se mudarem para Colina Formosa. Quando encontraram a gatinha perambulando esfaimada pelas ruas, perceberam estar na hora de adotar um novo animalzinho de estimação.


Eu fiquei encantada com o animalzinho tão pequeno e delicado. As meninas colocaram aquela coisinha fofa e macia em minhas mãos. De início, tive medo de esmagar a gata, entretanto depois de olhar seus olhos verdes e curiosos, me deliciei em acariciá-la e abraçá-la. Só a coloquei de volta ao chão, quando nos chamaram para o almoço.


Durante a refeição, todos prestavam atenção nas histórias da Abigail e conversavam com animação. Eu fiquei impressionada com a naturalidade e amabilidade com a qual me trataram. Era como se eu fizesse parte daquela família perfeita e feliz.


Como prometi, agradeci a acolhida carinhosa e afetuosa de todos, tocando o violino do Art com o mesmo carinho e afeto demonstrado por eles. Aceitaram-me muito rápido e não fiz absolutamente nada a merecer tamanha cortesia. Recebi ainda mais deles quando aplaudiram entusiasmados a minha performance.


As meninas fizeram um estardalhaço correndo a minha volta, quando dissemos ser a nossa hora de partir. Abigail segurou em minha perna e Júlia se intrometeu entre mim e sua mãe, enquanto ela pedia desculpas pela agitação das filhas. Saí de lá muito emocionada com toda a acolhida proporcionada pelos familiares do Arthur.


No entanto, quando estávamos a meio caminho da casa dos meus pais, eu ainda remoía certo aborrecimento. Olhava para o meu namorado tentando entender seus motivos para me omitir algo tão importante. Não conseguia acreditar na sua facilidade para me esconder qualquer coisa, muito menos sua habilidade com o violino.


Não resisti, parei perto do Centro Comunitário e perguntei sua motivação para não me contar nada sobre o assunto. Interroguei-o com calma, mas visivelmente desanimada e inconformada com sua atitude. Mesmo assim falei do quanto era importante ele manter uma prática diária e constante para aperfeiçoar ainda mais sua técnica.


Art disse não ter omitido de propósito e sua resposta veio em tom de questionamento: “Você nunca percebeu o quanto é intimidante te ver tocar tão maravilhosamente bem? Não sei como te explicar o quanto foi difícil para eu aprender a tocar uma única música no violino, como a Ária da 4ª Corda. Enquanto para você, é tudo muito natural, como se o arco e o violino fossem extensões dos seus braços?!”


Magoou saber do quanto ele se sentia intimidado pelo meu dom e por isso mesmo não me contou nada. Para mim é muito importante saber o quanto meu namorado está envolvido com a música e especialmente com o violino... Eu vibraria de alegria se soubesse antes, contudo após meses de convivência, me deixava angustiada.


Ele se aproximou, finalmente notando o quanto eu havia ficado aborrecida com sua omissão e falou: “Anjo, nunca escondi, até sua mãe sabe que eu toco violino! Eu só não tive coragem de dizer com todas as letras. Mas você deveria ter percebido quando reconheci suas passagens de uma técnica a outra, durante suas performances no alojamento. Em nossas conversas sobre a mudança do som de acordo com a qualidade do cavalete e muitos outros detalhes técnicos. No fundo, você nunca imaginou ou quis pensar na possibilidade.”


Art acariciou meu rosto, demonstrando não estar abatido com a minha cegueira, ele não tinha motivos para se irritar comigo. Eu avaliei tudo, tentando recordar suas respostas rápidas e explicações sobre técnicas do violino, cada informação obtida dele, no nosso passado recente. Realmente, apenas quem toca poderia falar sobre tantos detalhes técnicos com tanta precisão. Meu anjo tinha razão, eu nunca perguntei de onde vinha tanto conhecimento.


Observador, antes mesmo de me consumir pela culpa, Arthur falou: “Eu fui omisso mesmo, deveria ter contado, porém tinha muito medo do que você iria pensar no começo. Eu não sou bom, é apenas um hobby e você é perfeita quando está com seu violino. Ao mesmo tempo foi um alívio, poder finalmente deixar este meu passatempo às claras. Eu te amo, anjo, não fiz por mal.”


A esta altura eu nem tinha mais motivo para ficar aborrecida. Havia apenas uma incerteza, o motivo de não se dedicar mais à prática e se tornar um grande intérprete. Entretanto, meu desejo de beijá-lo era superior à necessidade de sanar todas as minhas dúvidas, passamos a manhã sem trocarmos carícia alguma! Sedenta, aproximei meus lábios dos seus, desejando ouvir nossa sonata e sentir o calor do seu corpo de encontro ao meu.


Depois de saciar meu desejo, caminhamos até a casa dos meus pais. Minha mãe havia ligado na noite de sábado, dizendo precisar conversar comigo pessoalmente. Quando entrei na casa após o Alfredo atender a campainha fiquei surpresa com a cena a se descortinar a minha frente. Anne estava com um gato preto no colo visivelmente entusiasmada com a companhia do bichano.


No sofá, meu pai discutia com um homem. Eu o reconheci rapidamente como o ex-marido da mamãe, graças às fotos e artigos dos jornais, os quais guardei por curiosidade. Podia entender perfeitamente porque os dois não estavam se dando bem, Anacleto morre de ciúmes do roqueiro.


Ao ver o Arthur, minha mãe ficou entusiasmada e o beijou como se fosse um filho querido, me aqueceu o coração vê-la feliz em conhecer meu namorado pessoalmente. Com certeza, nossas conversas recentes sobre o quanto o amava e me sentia amada ao seu lado, a levaram a tal atenção.


Anne, disposta a ignorar a contenda entre os dois no sofá, comentou sobre a vinda antecipada do Ricardo, sem qualquer aviso prévio. Ele chegou poucos minutos antes de nós, com o animal de estimação da mamãe em seus braços e várias malas. Como ela sentia muita falta de seu gato, estava empolgada com a surpresa e o reencontro proporcionados pelo ex-marido.


Lembrei-me sobre sempre falar do Rom, do quanto sentia saudades e da sua tristeza por não ter conseguido trazê-lo quando veio para Colina Formosa. Havia trâmites para embarcar o bichano os quais não conseguiu cumprir antes de se mudar para a nossa cidade. Porém, Ricardo conhecia as pessoas certas e conseguiu devolver-lhe seu gato.


Eu me agachei para observar o pequeno companheiro de Anne dos últimos três anos. Ele me deu a patinha e correspondeu ao meu carinho, me derreti com o seu ronronar. Depois de conhecer a Mimie e o Rom, fiquei desejosa de encontrar um gatinho para mim. Contudo preciso terminar a Universidade primeiro, pois animais domésticos são proibidos no alojamento.


Meu pai se levantou para cumprimentar o Art e fiquei feliz por ele ser tão bem recebido quanto eu fui, na casa dos seus pais. Minha família também foi receptiva, me deixando orgulhosa e certa de poder contar sempre com eles. Apesar de todas as dificuldades e desencontros pelos quais passamos, existe muito amor entre nós.


Ricardo me interpelou animado, dizendo estar contente por conhecer o “bebê” do qual Anne sentia tanta falta. Comparou a minha beleza com a da minha mãe na mesma idade. Não tenho certeza, me pareceu um flerte, porém o hálito de uísque era forte demais e eu mal prestei atenção em suas palavras. Desconfortável com sua aproximação.


Meu namorado estava entretido com o gato, todavia a mamãe, muito atenta, interrompeu o roqueiro e se desculpou por ele. Era da sua natureza não medir suas palavras e usá-las sempre para seduzir, mesmo assim o considerava um homem bom. Por fim, me pediu para acompanhá-la até seu escritório, desejava conversar comigo sobre algo muito sério. Fiquei inquieta com seu olhar e a forma como pronunciou as palavras.


Nós deixamos os três na sala, embora eu estivesse relutante em deixar o Arthur entre os dois. A boa impressão sobre meus pais poderia acabar se dissolvendo. Porém, precisávamos da privacidade do escritório da Anne, para conversarmos sem muita interferência.


Logo ao sentarmos, perguntei qual era o problema. Passavam mil coisas pela minha cabeça. A começar pelo meu irmãozinho e o casamento. A inoportuna presença do seu ex-marido me fez questionar se ela realmente desejava casar com meu pai. Eu estava muito longe da verdadeira resposta!


Mamãe estava muito preocupada por causa dos meus avós. Ela ligou para a Amélia contando do casamento. Sua conexão com a prima ainda é muito forte. Ela admitiu ter comentado tudo sobre minha vida, meu ingresso na universidade, meu talento como violinista, meu namorado de boa família e minha apresentação no festival. Minha avó conversou com o meu avô e ele resolveu vir para Colina Formosa assistir ao último recital, na tarde de sábado.


Eu me senti frustrada e encurralada. Foram eles a me separarem da minha mãe! Eu não tinha nenhum afeto ou carinho por estas pessoas, apenas raiva e mágoa por terem excluído Anne da minha vida. Mesmo assim, meus avós me amavam e queriam estar próximos a mim. Não sabia como agir nesta situação. Queria entender como a mamãe conseguiu perdoá-los.


Minha mãe explicou não ter perdoado meu avô. Ainda era doloroso lembrar como ele me arrancou de seus braços. Entretanto, sabia o quanto Amélia era impotente diante dele, o Anacleto “pai” a mantinha sob seu controle. A esta altura, nunca imaginou a possibilidade de meu avô procurar uma reconciliação com a família. Estava muito apreensiva com este reencontro, seria difícil para todos nós.


Eu não podia deixar a Anne preocupada comigo nesta situação, ela tinha um casamento em duas semanas e estava no primeiro estágio de sua gestação. Sem contar o ex-marido hospedado em sua casa. Expliquei o quanto desejava aproveitar esta oportunidade para acabar com a raiva e a mágoa guardadas em meu coração. Buscaria olhar para os meus avós com serenidade. No final, o que fizeram não me prejudicou tanto assim, tudo estava bem na minha vida. Encontrei a música, o amor, tinha minha mãe de volta e um irmão a caminho.


Mamãe olhou para mim surpresa e comentou o quanto as minhas palavras a tranquilizavam. Ela não deseja meu coração preso às mágoas e ressentimentos. Admitiu almejar esta minha conquista da serenidade, se eu conseguisse perdoá-los, ela também poderia. Por fim, perguntou se eu emprestaria a casa para acomodar meus avós.


Eu não seria egoísta ao ponto de negar isto a Anne, afinal se não fossem para lá, teriam que se acomodar junto aos meus pais. Seria doloroso para todos. Espero realmente ter a força necessária para encontrar meus avós e curar-me da dor. Com o Art me apoiando, tudo fica mais fácil e eu me sinto mais forte!


Comentei isso com minha mãe e ela olhou para mim um tanto apreensiva, disse não gostar da minha dependência do namorado. Conhecia a família dele, sabia o quanto o rapaz era bom e tinha certeza do nosso amor ser verdadeiro. No entanto, acreditava ser de grande importância aprender a viver de forma independente.


Não discuti, eu sei, preciso ser forte por mim. No entanto, o apoio do meu anjo tem sido fundamental para eu encontrar a minha força. Vou continuar a buscar seu auxílio, sempre que for necessário. Não sou um ser isolado, aprendi esta lição com muita dificuldade. Se as pessoas ao meu redor estão dispostas a me ajudar, devo aceitar e agradecer! Não comentei este meu pensamento com ela. Minha mãe deve ter suas razões para buscar esta independência.


Saímos de lá a tempo de apreciar o pôr do sol, no nosso lugar especial. Eu contei ao meu namorado sobre a vinda dos meus avós e o quanto eu gostaria de superar toda a mágoa em relação a eles. Arthur sorriu dizendo: “Anjo, no momento em que você os vir, a dor sumirá. O amor e a admiração brilhando nos olhos dos seus avós vão apagar os seus ressentimentos.” Eu espero realmente ser tão magnânima, quanto meu anjo me idealiza!


Quando a noite surgiu, esquecemos completamente de onde estávamos... Em pouco tempo percebemos a necessidade de encontrarmos privacidade e voltamos para o alojamento. Entramos afoitos pelo quarto retirando as roupas e ansiosos por encontrar satisfação nos braços um do outro.


A intensidade do nosso beijo marcou todo o nosso amor naquela noite. A sinfonia estava acelerada e eu podia visualizar o meu anjo tocando-a ao meu lado em plena harmonia. Passamos a noite em completa entrega. Entre nossos carinhos, as imagens de nós dois sintonizados no mesmo acorde, mesclava-se aos momentos de plenitude alcançados em nossa união.


Pouco antes de apagar em seus braços, totalmente entorpecida, olhei para ele e perguntei sem refletir: Anjo, quando você veio do céu para a terra, já sabia que o nosso amor seria assim? E o Arthur respondeu: ”Eu sempre soube, desde os primórdios, sobre o nosso amor ser pleno e incondicional. Apenas, não esperava encontrá-la tão rápido!”



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10 comentários:

  1. Essa música é linda demais.

    A atuh me trouxe tanta ternura com a família do Art!

    E logo em seguida... Bem o clima era outro ali na casa da Anne... Assim mesmo me senti "em casa". E Ricardo... Mesmo com cheiro de whiske! Haushauhsuahsuah! É! Eu não sei se conseguiria encarar essa dos pais do Leto com tanta facilidade... G.G Mas eu não sou a Anne, nem a Ani...

    AMO!

    Bjks

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  2. Idem idem...
    Amei a música tbm! s2
    Atuh fofa ^^
    Finalmente descobrimos para onde o Ricardo (Lindo) viajou.
    Ani cercada por gatos! felinos... humanos... garota de sorte!
    Força no encontro com os avós o/
    Amei¹²³

    Beijooos mil.

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  3. Tiaaaaaaa
    desculpa. desculpa, desculpa, desculpa e desculpa e a culpa é da Paula sim... ushauhsuahuhs.
    Eu ia ler ontem, ms tava com sono e só li metade .-.

    A familia do Art é linda, e gostaram tanto da Anita *-*. Olha o Ricardo é lindo, ms não toma jeito... aff..
    Esse encontro com os avós vai ser importante, apesar q não sei se eu aceitaria tão facil.. =/

    Eu tenho q falar sobre isso.. o Art demorou e demorou.. ms agora não para mais... kkkkkkk q assanhado... =P


    Amei tia!!!

    Bjooos

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  4. Meninas!
    Sempre adorei esta música!
    Quanto a vinda dos avós... Anne, apesar da omissão da Amélia, nunca a culpou pelo acontecido. Ela conseguiu perdoar o Leto também, né? E no fundo sabe que o quanto é importante para a prima uma aproximação com o filho e a neta. Está disposta a assumir os riscos para que todos deixem de guardar mágoas do passado. Anita só aceitou tudo bem, por que sabe o estresse que a mãe tá passando com casamento e o início da gestação. Ela não quis dar mais uma preocupação!

    Pah,
    Você já está acostumada com o cheiro, né? A Anita pouco bebe... Um vinho de vez em quando com os amigos. Acho que ninguém consegue!

    Carol,
    Eu não falei nada na quarta exatamente por isso! Para surpreender vocês com a vinda dele... Mas vocês já sabiam onde ele ia... rsrsrsrsrsrsrs
    A casa da Anne tava parecendo Roma! Três homens bonitos em um metro quadrado!

    Deh!
    Ricardo é um sedutor, faz parte do seu charme!
    Mew! Você queria o quê? Ele tava se segurando muito tempo! Tinha que aliviar as tensões agora!

    GRATIDÃO! AMOR!
    bjosmil! *.*

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  5. Mita!! Mais uma atuh maravilhosa!! E a Ani cada dia nos surpreendendo com as atitudes... Eu não sei se conseguiria levar tão bem a questão dos avós...
    Mas de uma coisa eu tenho certeza...
    Eu ficaria lá na sala na companhia dos quatro gatos .baba.

    Amo muito!!
    Beijo

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  6. Mita!! Mais uma atuh maravilhosa... E como é bom ver a Ani evoluir e se modificar a cada dia...
    Eu não sei se eu conseguiria agir bem na situação com os avós não...

    Amando como sempre!!

    ps: Eu queria estar nessa sala aí, acompanhada pelos quatro gatos keke

    Beijo

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  7. Afinal aquela timidez de art era so por fora, agora que começou nao acaba! Que sorte tem a Ani!
    É mesmo pensei que tinha muito gato, mas nessa altura so pensei nos meninos que tavam la rsrsrsrsrs
    A familia do Art é um amor!
    Mas depois a mudança na casa dos pais da Ani... bom... RIALTO! Que cenário, Leto e Ricardo discutindo, Ricardo bebado, e a Anne mimando o gato como se nao fosse nada! meu deus...

    AMEI!

    AMANDO!!!!!!!

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  8. Mynna!
    Quando resolve comentar é em dose dupla? Blog doido! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Eu com certeza não aceitaria assim tão fácil... Mas é uma característica da Anita: Perdoar. Ela pode relutar, mas tem o coração aberto para o perdão.
    Quem não queria?

    mmoedinhas!
    O Art nem era tímido... Ele passou uma cantada nela logo quando a viu! Ele só queria ter certeza do amor dela antes... Agora... hehehe
    A família dele é ótima mesmo!
    Realmente a casa dela contrastou com a do Art! rsrsrsrsrsrs

    Obrigada minhas lindas! Amo quando amam!
    bjosmil! *.*

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  9. Art e seu segredo. .-.
    Pasmei agora.
    Oww, a família do Art é mesmo um amor! *--*

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAH
    RICARDOO!!
    Melsenhor o que um ser desses da fazendo em Colina Formosa?
    Quer me matar? Conseguiu. *baba

    Mas o melhor ficou mesmo para o último quadro, eheim? Que lindos!!

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  10. Menina! Ele mostra o quanto é inseguro aí! O.o
    Mas a família dele: *.*
    Ricardo foi pro casamento da Roxie, desejando que ela desistisse! kkkkkkkkkkkkkkkkk
    Os dois juntos estão cada vez mais felizes! *.*

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